A caminho da Serra da Freita

A caminho da Serra da Freita

Há algumas semanas decidi com uma amiga decidimos passar um domingo diferente e ir até Drave. No entanto não fomos muito bem sucedidas e não conseguimos concluir e chegar até ao destino que nos levou até lá e acabamos por ver a aldeia só mesmo ao longe. Ainda assim vale bem a pena pelas paisagens bonitas onde o tempo parece ter ficado parado.


A aldeia de Drave é agora uma aldeia desabitada (desde 2009) e também conhecida por "Aldeia Mágica" e integrada no Arouca Geopark. Ladeada por montanhas, o seu acesso é impossível por carro, sendo Regoufe a aldeia mais próxima e aí seguir pelo trilho PR14.


Regoufe fica no coração da Serra da Freita e aqui podemos apreciar a vida rural, onde é comum cruzarmo-nos com animais pelo caminho ou ter a sorte de encontrarmos algum simpático habitante. Após atravessar a ribeira, avistamos a primeira subida a sério a caminho de Drave. Uma subida que deve ser feita com cuidado e apesar daquilo que muitos dizem que este trilho é de dificuldade fácil, há que ter em mente que são 4km a subir em grande parte do percurso. Além disso, logo após a aldeia de Regoufe além da subida há muitas pedras, pelo que a atenção deve ser redobrada para não cair ou fazer alguma entorse.


Após essa subida íngreme, somos presenteados com a primeira vista de cortar a respiração. Neste dia, acho que as nuvens e o sol deram um especial toque mágico, com os raios entre as nuvens a tocar nas montanhas e os aerogeradores a salpicar o horizonte de tom esverdeado. Das partes favoritas do percurso... Mas ainda faltava para Drave e por isso seguimos.


Enquanto vamos avançando, é impossível ficar indiferente à beleza em redor. Água a percorrer aqui e ali entre as montanhas, com a natureza a brotar entre pedras torna esta experiência realmente única. Pelo caminho vai-se encontrando também marcas do homem, até chegar a um ponto que se vislumbra a aldeia ao longe, onde a capela sobressai com a sua cor branca. E foi aqui que terminou o percurso, antes de voltar para trás.

E porque não seguimos até Drave ?

Várias razões. Acho que nenhuma de nós ia realmente preparada para o percurso e com isto quero dizer com o calçado e outro pequeno grande pormenor: esquecemos de levar água! Sim, esquecemos de levar! Já sabíamos que não íamos encontrar nenhum local onde comprar, ainda por cima a um Domingo pelo que este esquecimento foi fulcral para decidir não seguir. Neste caso a melhor opção foi sem dúvida regressar e parar em Arouca e provar a maravilhosa posta Arouquense no Assembleia.
 

Outros pontos de interesse

Pelo caminho fomos vendo outros pontos que poderão ser interessantes, como as minas de Regoufe, de onde foram extraídas toneladas Volfrâmio utilizado na 2ª Guerra Mundial. Além disso há imensos trilhos (PR e GR) com ribeiras e lagoas e igualmente bonitos.

Como chegar?

Quem vem do litoral o melhor é sem dúvida seguir pela A32, que tem ligação a partir da A20 em Gaia (VCI, depois da Ponte do Freixo). As opções depois pode ser seguir pelas saídas de S. João da Madeira ou a seguinte Vale de Cambra.

Onde comer e outras recomendações.

O Assembleia surgiu da recomendação de uma amiga e só posso recomendar também. Estava tudo delicioso. Além desta, tem mesmo em frente o Parlamento recomendado pela mesma amiga.

Levar água e barras energéticas para o caminho. Combustível, pois a A32 não tem área de serviço e depois de estar em Regoufe, o posto de abastecimento mais próximo é a cerca de 20km em Arouca (e em grande parte da zona não há rede móvel...).


Há algumas semanas decidi com uma amiga decidimo…